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Chineses recorrem cada vez mais ao rádio



Jimmy Jian e Hanna Rantala
Quando o assunto é alta tecnologia, a China tem tudo. Mas no país com o maior número de internautas do mundo, algumas pessoas estão optando por se manter em contacto através de uma tecnologia mais antiga: o rádio.

Com antenas, transmissores e receptores, um crescente número de radioamadores chineses enviam mensagens codificadas ou fazem transmissões simples, na esperança de obter uma resposta.

Dos 3 milhões de radioamadores do planeta, cerca de 90 mil vivem na China, de acordo com a Chinese Radio Sports Association, que supervisiona o licenciamento dos praticantes do hobby no mais populoso país do mundo.

Para os membros do Beijing Sunny Radio Club, um fim de semana perfeito significa vasculhar as frequências de rádio e conversar com entusiastas do radioamadorismo em outras cidades e até em outros continentes.

O estudante Wang Ranning, 15 anos, é adepto do radioamadorismo há mais de quatro anos e o considera "encantador".

"Os seus sinais podem chegar a uma pirâmide no Egito, ao Pentágono, nos Estados Unidos, passando pela Califórnia ou qualquer outro Estado antes de enfim atingirem uma pequena família na costa leste norte-americana", disse Wang.

Mais a leste, Liu Jinsheng, o primeiro radioamador na cidade costeira de Qingdao, pondera que "nós só fomos autorizados a nos comunicar com os milhões de outros fãs mundiais do radioamadorismo depois que a China se abriu".

"Posso comunicar-me com pessoas distantes com uma simples antena. É diferente de usar a internet, porque você depende de outras pessoas", disse.

Com equipamentos ao preço inicial de apenas 200 iuans (US$ 30), o hobby é acessível para muitos dos chineses urbanos.

Reuters

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