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Cada modo na sua faixa = utilizar bem as frequências

A utilização das bandas de amador faz-se no cumprimento do DL nº 53/2009 e dos normativos emitidos pela Anacom em consonância com o Plano de Bandas da IARU.
Algumas vezes por desconhecimento, outras dificuldade na obtenção da informação, assistimos à utilização de modos de transmissão em faixas de frequência destinadas a outros modos o que cria situações de constrangimento e incómodos desnecessários para os utilizadores.
Se cada modo de transmissão tem uma faixa específica e se tivermos atenção nada custa utilizar a faixa destinada a esse modo, não prejudicando os demais utilizadores das bandas e, assim, contribuiremos para uma utilização mais ordeira das frequências, que são de todos!
Para facilitar a leitura do Plano de Bandas HF da IARU-Região 1 (http://iaru-r1.org/index.php?option=com_content&view=article&id=175&Itemid=127) publicamos um arranjo gráfico de fácil leitura que, depois de impresso, será um bom auxiliar do operador.

 

Novidades sobre a Região 1 da IARU




Novidades sobre a Região 1 da IARU
O Grupo de trabalho da IARU C5 2011, VHF/UHF/Micro-ondas, que se reuniu em Sun City, República da África do Sul, foi participado por
Associações e Sociedades de Radioamadores de África, da Europa e da Ásia, totalizando 19 instituições de 14 entidades nacionais.

Também estiveram presentes delegados das Regiões 2 e 3, envolvidos nos trabalhos como observadores, uma vez que os convénios
inter-continentais foram tidos em consideração nas sessões de
planeamento de faixa de frequência (planeamento de banda).

Esta reunião foi presidida por Michael Kastelic, OE1MCU, o responsável
actual para a Região 1 do Comité de VHF/UHF/Micro-ondas. A secretariar
o encontro C5 esteve Riaan Greeff, ZS4PR, administrador da SARL (South
African Radio League) para as questões relacionadas com as faixas de
VHF, UHF e Micro-ondas.

Tornou-se mais uma vez claro que há muita actividade na Europa nestas
bandas. São conhecidos inúmeros concursos que acontecem todos os anos,
sendo a concentração de países e a respectiva proximidade uma vantagem
adicional para os contactos internacionais neste continente.

Foram porém identificadas várias particularidades comuns que ocorrem
também na África do Sul nestas frequências, demonstrando como
evidência de que o país não está a ficar para trás.

Ainda em relação aos representantes Europeus, destaca-se o facto de
terem levantado e identificado inúmeras questões relativas às
frequências atribuídas a estações repetidoras. Daí resultou que, após
algum tempo de profícua discussão, as sub-faixas atribuídas a
repetidores tenham saído incrementadas com duas novas extensões
específicas. Destaca-se nomeadamente a atribuição de frequências a
estações repetidoras digitais que sobressaem nas duas novas propostas
em VHF, nomeadamente 145,575 e 145,587.5 MHz.

A SARL terá estas propostas em consideração e contribuirá com o seu
planeamento final apenas após a próxima reunião do Conselho que trata
das questões relacionadas com as faixas de VHF, UHF e Micro-ondas. Com
a implementação das aplicações digitais TDMA aos repetidores de
telefonia, os Sul-Africanos podem mesmo vir a considerar 4 canais de
voz e a transmissão de dados utilizando apenas as duas frequências
propostas.

O congestionamento das possibilidades actualmente atribuídas às
estações repetidoras na Europa foi igualmente discutido. Daí resultou
a recomendação de aplicação dos tons CTSS de forma a permitir que
algumas estações possam operar na mesma frequência, mas permitam ainda
assim o acesso simultâneo de diferentes utilizadores [cada qual no
respectivo repetidor]. O mesmo já está a acontecer na África do Sul,
em particular zona de Gauteng, mas noutras partes do país, onde o
problema ainda não se verifica, a utilização de tons de protecção
ainda não é prática corrente.

Embora as faixas atribuídas nos 6 m, 4m, 2 m, 23 cm, assim como
noutras bandas de micro-ondas, tenham sido mais uma vez revistas,
apenas pequenas alterações de pormenor foram efectivamente aceites
desta vez.

Uma das ligeiras alterações prendeu-se com as sub-faixas atribuídas às
radiobalizas, embora tenham sido apenas mudanças pouco significativas.
Em breve vai ser publicada informação actualizada sobre estas
mudanças.

Mais uma vez se confirmou que o contacto directo entre os
representantes das várias associações se revelou extremamente
produtivo.

A sétima conferência GAREC que teve lugar em Sun City é por todos
reconhecida como um estrondoso sucesso. A contribuição de inúmeros
delegados foi bastante instrutiva, rica e interessante!

Em representação da África do Sul esteve Eddie Leighton, ZS6BNE, com
uma prelecção sobre as vantagens de adesão aos novos sistemas digitais
(advantages of "going digital"). Este assunto será alvo de maiores
atenções, à medida que forem persistindo os problemas de interferência
mútua causados pela propagação.

Outra contribuição esteve a cargo de Craig Lambinon, dirigente do
National Sea Rescue Institute (NSRI). Craig proporcionou à assistência
uma óptima imagem sobre as actividades da instituição que representa e
as operações de salvamentos no mar em toda a linha costeira da África
do Sul. No final da sua apresentação foi divulgado que o NSRI e as
redes de comunicações do Serviço de Amador procurarão trabalhar para
parcerias futuras. O orador referiu mesmo que para além de ser um
benefício mútuo para ambas as partes, essa parceria se justificava no
papel que tanto os Radioamadores como o seu Instituto desempenhavam no
salvamento de vidas humanas em situações de emergência.

A próxima ronda GAREC terá lugar na Malásia, em Kuala Lumpur, já no
próximo ano, sendo que as candidaturas da Suíça e Estados Unidos da
América se perfilam já para 2013 e 2014.

Os assuntos relacionados com HF foram discutidos no encontro do grupo
C4, o qual foi conduzido pelo dirigente máximo para a Região 1, Ulrich
Mueller, DK4VW. A África do Sul foi representada pelo colega Geoff
Levey, ZS6GRL.

O assunto que causou maior discussão foi a "definição de um QSO".

Após 3 reuniões, foi decidido adoptar-se a definição que consta no
manual de VHF/UHF, ou seja, um contacto é considerado válido quando os
dois operadores durante o mesmo tenham:

1. conseguido obter a identificação mútua com sucesso.
2. recebido uma resposta da outra parte sobre as condições de recepção
da sua emissão.
3. recebido uma confirmação de que essa identificação e o relato sobre
as condições de recepção estão correctas.

Esta definição enfatiza a responsabilidade dos operadores na
integridade do contacto.

Foi igualmente decidido que o actual segmento prioritariamente
destinado à telegrafia em concursos, compreendido entre os 7,000 e os
7,025 MHz seria retirado do plano de bandas para a Região 1. Ainda
assim, foi deliberado que as associações deveriam encorajar os
organizadores de concursos a incluírem, nos regulamentos dos mesmos,
um segmento limitado nas sub-faixas destinadas à telegrafia para os
concorrentes em CW. Esses segmentos específicos para cada concurso
ficarão ao critério dos organizadores, contudo apela-se ao respeito
pela actividade prevista de quem não está a concorrer.

Outra proposta que resultou desta ronda foi a iniciativa da IARU
defender, na próxima conferência mundial da ITU, um alargamento da
faixa dos 160 metros para a Região 1, nomeadamente com um incremento
de 10 KHz no início da mesma, passando essa fronteira dos actuais
1,810 MHz para os 1,800 MHz.
Paralelamente tentar-se-á propor uma sub-faixa de utilização
secundária no outro extremo, entre os 1,850 MHz e os 2,000 MHz.

Igualmente previstas ficaram negociações prioritárias entre a IARU e
as autoridades (ITU?) para uma expansão na faixa dos 10 MHz.

Na faixa dos 10 metros foi decidido alargar o número de canais das
estações repetidoras em FM para 8.

Por outro lado, as ligações entre duas estações através da Internet
ficarão restritas a experiências ou comunicações de resposta à
emergência e somente abaixo dos 28 MHz, no entanto esta deliberação
não reuniu consenso e foi aprovada por 4 votos e 1 abstenção.

A terminar, foi ainda aprovado uma espécie de "código de conduta para
o DX", tendo sido recomendado aos operadores adoptarem os seguintes
procedimentos:

. Escutar, escutar e escutar de novo antes de fazer uma chamada.
. Apenas fazer uma chamada caso se escute a estação de DX em condições
aceitáveis.
. Não se basear apenas no "DX Cluster" e certificar-se com segurança
do indicativo da estação de DX pretendida, antes de fazer qualquer
chamada.
. Não interferir com a estação de DX nem com alguém que esteja a
chamá-la, nem proceder à sintonia da respectiva estação na frequência
de DX ou na de escuta da estação de DX (frequência de QSX).
. Esperar sempre pelo fim de um contacto da estação de DX, antes de
iniciar uma chamada.
. Emitir sempre o respectivo indicativo de chamada completo.
. Fazer sempre um intervalo razoável entre chamadas, nunca emitindo
continuamente.
. Nunca emitir quando a estação de DX chamar por outro indicativo que
não o respectivo.
. Nunca emitir quando o operador de DX solicitar apenas outro tipo de
indicativo (prefixo) diferente do respectivo . Nunca emitir quando a
estação de DX solicitar apenas outra área geográfica diferente da
respectiva.
. Quando o operador de DX solicitar a respectiva estação, não repetir
o indicativo continuamente, a não ser que haja a clara percepção de
que o mesmo foi mal entendido ou interpretado incorrectamente.
. Mostrar-se agradecido se e quando fizer um contacto.
. Respeitar sempre os colegas Radioamadores e procurar manter sempre
uma conduta que conquiste o respeito dos mesmos.

Fiquem atentos a mais novidades sobre a Região 1 durante as próximas semanas.

Fonte original do artigo: The South African Radio League
( Tradução livre do documento original em inglês disponível em:
http://www.southgatearc.org/news/august2011/iaru_r1_news_2108.htm para
português por Miguel Andrade (CT1ETL) )
Transcrição integral do trabalho publicado em ARLA-Cluster por Miguel Andrade ( CT1ETL )

CR7's, entre a escuta e a emissão

Porque continua a ser questionada a presença nas frequências de amadores (preferimos radioamadores!) da categoria 3, designados por  CR7..., ou porque há dúvidas sobre se podem emitir, ou porque se identificam mal ou porque usam de alguma inexperiência (já nos aconteceu a nós!), etc e porque os esclarecimentos são pontuais, tal como as questões, pretendemos dar o nosso contributo, para um esclarecimento mais abrangente, a quem dele careça.
Assim,
Com a entrada em vigor do Dec.-Lei nº 53/2009, os novos amadores/titulares de CAN da categoria 3 ficam, de acordo com a alinea a) do nº 2 do Artigo 8º, autorizados a "Utilizar as suas estações individuais...apenas em modo de recepção...".
Podem, no entanto "Utilizar estações individuais de qualquer amador de categoria superior, sob a sua supervisão..."(e responsabilidade!)"...nos modos de emissão e recepção, utilizando as faixas de frequências que a este forem permitidas", como referido na alínea b). Parece claro!
Podem, ainda, de acordo com a alínea c),"Utilizar as estações de amador de uso comum, nos modos de emissão e recepção, sob a supervisão de um amador da categoria 1, A ou B, nas faixas de frequências com estatuto primário..." (só estas!) "...que a este..." (amador) "...forem permitidas."


Devem, no entanto, os colegas ter em atenção os


"PROCEDIMENTOS PREVISTOS NO DECRETO-LEI N.º 53/2009, DE 2 DE
MARÇO QUE DEFINE AS REGRAS APLICÁVEIS AO SERVIÇO DE AMADOR E
AMADOR POR SATÉLITE
...
12. No estabelecimento de uma comunicação, o amador deve observar os
seguintes procedimentos:
a) Emitir o IC da sua estação no início e no fim de cada chamada;
b) Ao utilizar uma estação de amador da qual não é titular, o amador deve
transmitir o IC da estação operada seguido do IC da sua própria estação,
excepto nos casos previstos na alínea e) do n.º 3 e na alínea d) do n.º 4;
..." (em concursos com conhecimento prévio à Anacom da lista de amadores).


Logo, deve ser dito: CT1xxx operada por CR7xxx.
Sabemos que (todos) nos identificamos com o "nosso" indicativo (é só nosso!) mas, por direito, o indicativo (IC) é da estação e não do operador (esse tem o CAN!), conforme o
"Artigo 16º, nº 1- O ICP-ANACOM consigna um indicativo de chamada (IC) à estação fixa principal..."
No caso, é uma questão de direito mas, também, de legitimidade e de respeito pelo colega radioamador (se eu estou "a bordo" de uma estação, a utilizar condições que não me pertencem, não devo chamar a mim o mérito das condições, que não tenho...).


Por último, algumas associações de radioamadores, em 2010 fizeram uma proposta à ANACOM, que aguarda resposta no sentido de, entre outros aspectos, reduzir o tempo de permanência obrigatória na categoria 3.
José Machado, operador da estação CT1BAT



Em caso de Emergência...mais fácil ainda!

Foi anunciada há poucos dias, numa conferência em Las Vegas, uma descoberta do cientista informático Thomas Wilhelm que permite interligar os telemóveis utilizando a tecnologia de rádio de curto-alcance Bluetooth, instalada na maioria dos telefones, em caso de falência das redes por motivo de desastre natural ou artifical.
O software, designado Auto-Bahn, já existe numa versão para a plataforma Android, estando em desenvolvimento a aplicação para Iphone.
O objetivo final deste projeto é convencer os fabricantes de telefones inteligentes a implementar o Auto-Bahn (ou a sua própria versão) em todos os dispositivos que produzem, para que os cidadãos em todo o mundo possam, rapidamente, em situações de emergência, ligar-se em rede com os serviços de socorro, com os membros da família ou outras pessoas que careçam de auxílio.
Fontes: BBC e WEB

Concurso de Rádio "CIDADE de COIMBRA"

Em reunião de 05 de Agosto o júri do concurso validou os seguintes resultados e classificação:

1º - CT1AVR     73 pontos
2º - CT1AAK     66 pontos
3º - CT1BAT     50 pontos
4º - CT1YH       47 pontos
5º - CT1ER       45 pontos
6º - CT1MH      42 pontos
7º - CT1ASP     38 pontos
8º - CT2IBR     28 pontos
9º - CT2KIU     27 pontos

Resultados finais e definitivos, actualizados em 30/08/2011.

APRS: CT1TGM-3

Temos a satisfação de anunciar que hoje nos foi facultado o acesso às instalações onde está localizado o equipamento de APRS, CT1TGM-3, que funciona ao abrigo de um protocolo com a ARC e que foi reposto em funcionamento às 10:00 UTC.
Aos colegas que durante algum tempo estiveram privados do serviço apresentamos as nossas desculpas, agradecendo o favor de nos avisarem (trgm.pt@gmail.com) caso sintam alguma anomalia no seu funcionamento.